É basicamente isto.

É basicamente isto.

20 de fevereiro de 2014

Adeus Calçada Portuguesa (?).

Hoje é dia de vos dar a oportunidade de me esfrangalhar no blog. Atirem-me aos lobos, esfolem-me viva, chamem-me anti-patriota, chamem-me parvalhona de primeira, revoltem-se, façam lá como vos der mais jeito, mas eu tenho mesmo de dizer isto : sou completamente a favor desta medida.
A Associação Municpal de Lisboa terá decidido, entre outras medidas que fazem parte do Plano de Acessibilidade Pedonal, pela retirada da calçada portuguesa em determinados locais. Diz o Sr. Vereador, e na minha opinião diz muito bem:
“O plano não diz que vamos tirar a calçada toda. [Até porque] nem com o orçamento todo da câmara para os próximos quatro anos seria possível tirar toda a calçada de Lisboa e pôr outros pavimentos”.
“Acho que é a oportunidade de pôr um novo passeio que não seja derrapante e que seja mais regular que a calçada portuguesa”.
Como quase sempre acontece com os assuntos mais sensíveis, já existirá (ou vai existir) uma Petição contra esta medida. Desta vez, não contam com a minha assinatura, pode ser? Compreendo que estejamos a falar de Património Nacional, e assumo, até, que a calçada portuguesa é, de facto, lindíssima. Mas sejamos realistas : de prática não tem, rigorosamente, nada. De confortável também não. Mais, chega mesmo a ser perigosa. Se até eu, do alto da minha jovialidade, tenho dificuldade em andar nesta calçada sem passar o dia a ir com o nariz ao chão, posso imaginar o que passam as pessoas mais idosas ou com dificuldades motoras (portanto não, não estou só a pensar nos meus saltos altos). Por muito bonita que seja, e por muito que seja uma parte do nosso Património, honestamente, eu prefiro ter as duas pernas intactas do que chegar ao fim do dia e dizer "Torci novamente o pé, esfolei os joelhos e o nariz mas, caramba, valeu a pena! Vim todo o caminho de olhos postos naquela maravilha de calçada!". Não, isto não é admissível. Percebo as vozes contra, e percebo que o ideal seria poder mantê-la. Mas não é praticável. E para quem está contra esta medida, lembrem-se que não irá desaparecer na sua totalidade. Quando vos apetecer fazer equilibrismo e ganhar umas entorses, ainda existirão locais onde podem encontrá-la.
Dá para aplicar já esta medida? Agradecida.

39 comentários:

  1. Eu assino uma petição contra essa petição. Arranquem a calçada portuguesa, por favor.

    Ana Brito

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    1. Ana, estou contigo. Se ela vier a existir, avisa-me, sff.

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  2. Pensei que não ia concordar com esta medida quando li "as gordas" que de repente inundavam Facebook e jornais. Mas depois li melhor e concordo. Prefiro que andem de saltos do que andem a cair. Espero que nos sítios emblemáticos não se perca a calçada Portuguesa e que nos sítios mais "inclinados" se substitua a mesma por pavimento semelhante mas "user-friendly".
    Claro que vai fazer correr rios de tinta...

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    1. É que é todos os dias que se ouvem notícias de quedas aparafatosas!
      Os hospitais estão cheios de pacientes que escorregaram na calçada!
      LOL

      Ainda me falta ler para além das gordas e do que ouvi no noticiário faz umas semanitas mas acho absurdo mas totalmente absurdo que o argumento furado do "escorregar" seja a única coisa que sabem apontar. A única pessoa idosa que conheci que escorregou, caiu e se feriu aconteceu num passeio alcatroado esburacado que a camera nunca concertava! Não será decerto a bela e tradicional calçada portuguesa com os seus desenhos que vai impedir quedas. Não quando neste país o que não falta são buracos! E nem todos estão na calçada tradicional. Aqui perto de minha casa o ano passado, quando o vento derrubou árvores, o passeio pedonal que é feito de lages de cimento e pedra ficou todo estragado. A Câmara não só não removeu a árvore como nunca, até hoje, aqui e noutros locais, concertou os passeios esburacados. A calçada não é mesmo, mesmo, o que os devia preocupar ao falarem de pavimentos. Se mostrassem competências na manutenção e preservação e apresentassem uma alternativa e explicassem a escolha aí, ao menos, teriam de minha parte alguma credibilidade ou voto de confiança. Mas tenho cá para mim, desconfio por tudo o que se escuta falar ainda mais neste momento de crise, que o que pretendem é armar uma falcatrua qualquer, criando mais uma "obra" na cidade para ser superfacturada e para dar as licenças de construção a «amigos». Portanto, enquanto o país não mostrar que sabe se re-erguer, acho que existem outras prioridades do que remover uma calçada que há um século tem atirado para os hospitais «multidões» de pessoas (cof, cof).

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    2. Cara Portuguesinha,

      Ainda bem que não chegam velhotes todos os dias ao hospital com quedas "aparafatosas" - bela palavra by the way.
      Em Portugal quando se tenta modernizar pensa-se logo que é para encher os bolsos de alguém e ajudar amigos....Aí não posso concordar contigo. É uma obra. E as obras têm de ser feitas. Chama-se modernização. Desenvolvimento. Às vezes isso acontece sem encher bolsos a pessoas. E não, não sou engenheiro nem beneficio com estas "luvas"

      Já pensou se lhe forem aí arranjar o passeio pedonal e remover a árvore como ficará contente? Claro que já devia ter sido feito. E vai pensar "estou contente mas isto de certeza foi encomendado e está a encher os bolsos a alguém"...
      Concordo que existem obras mais importantes a fazer do que tratar da calçada. Existirá sempre. Ninguém é perfeito. Sou apartidário e posso falar à vontade sobre o assunto - Costa não é dos melhores que passou aqui no burgo mas deveria haver bem piores. Até agora que saiba não foi associado a esquemas ou fraudes...Ah pronto, sabe fazer bem as coisas e ainda não foi apanhado porque são todos corruptos.

      Já agora, em relação à sua resposta à leitora "A Chata"...usar sabrinas não é suficiente. Eu sou homem e uso sapatos sem salto e se chove escorrego na calçada. Tenho é um jogo de cintura fenomenal e não caio mas pareço um homem a dançar samba para me equilibrar...E danço bem.
      Mas isso sou eu.

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    3. Portuguesinha,

      felizmente, nem todas as quedas que são dadas dão "direito" a uma vista ao hospital. Até porque não está assim tão barato andar os hospitais. Isto não invalida que muitas sejam dadas e sim, por pessoas que não têm a destreza de movimentos necessária para andar nestas verdadeiras armadilhas. Andar nas maioria dos passeios de Lisboa tornou-se quase um desporto radical, sobretudo em dias de chuva. E não, o maior problema não são, de facto, os saltos altos. Como o João diz e bem, a dificuldade não existe apenas para as mulheres. Há que ter em conta que o problema aqui é o da mobilidade. Não o da estética. Só posso imaginar o que seja andar com um par de muletas na calçada...ou com uma cadeira de rodas. Não desejo a ninguém, honestamente. Sou a favor de preservar tudo o que é nosso, sobretudo quando é bonito, como é caso, mas com limites. E a partir do momento em que dificulta muito mais a vida de todos, estamos a passar o limite do razoável. Acresce que a calçada será mantida nalgumas zonas, que não afectem tanto a mobilidade dos Cidadãos. Parece-me muito razoável.
      Quanto ao argumento da adjudicação da obra, bom...por aí, não se fará mais nenhuma neste País.

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  3. Eu assino. Andar de saltos torna-se muito muito complicado sem ficar com os dentes partidos, os joelhos esfolados e os tais pés torcidos...

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    1. Não sendo, repito, problema exclusivo de quem usa saltos, o uso de sabrinas na calçada parece-me ainda mais doloroso. A sabrina é, como a Portuguesinha bem saberá, um sapato mais "frágil". As poucas vezes que as usei, consegui sentir a calçada, desnivelada por toda a cidade, a cravar-se nos pés.

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  4. Eu sou a favor da manutenção da calçada portuguesa. Faz parte do nosso património e é lindaQ

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    1. Eu também. Ainda mais se não têm nada melhor para a substituir.
      E depois vi quando contruiram ciclovias, quando fizeram um passeio de outro material e coisas pequenas assim e sempre precisaram de manutenção muito regular. Pelo que ou se mantem o que já se tem e que ainda por cima é emblemático ou não se vai estragar, para superfacturar e depois precisar de arranjar de seis em seis meses...

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    2. E os utilizadores que se lixem, certo? Sobretudo aqueles que têm mais dificuldade motora. Tudo em prol de uma calçada? As pessoas, para mim, ainda são mais importantes do que um monte de pedras. Bonitas, sem dúvida. fazem parte da nossa história, sem dúvida. Mas pedras.

      Também não percebo bem o argumento do "não têm nada melhor para substituir". Como assim? Todas os outros Países do Mundo sobrevivem bem sem a calçada Portuguesa, parece-me...

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  5. Alguma boa ideia finalmente!! Quem inventou a calçada portuguesa e achou por bem povoar a minha cidade com ela merecia durante, um dia inteiro, andar por Lisboa de saltos bem altos enquanto conduz um carrinho de bebé num dia de chuva....

    Que a tirem toda e imprimam os bonecos no chão

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    1. Ora bem. Esqueci-me dos carrinhos de bebé, mas é bem apontado. E mesmo sem saltos, só com o carrinho, não pode ser fácil e/ou muito melhor.

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  6. Eu ontem também li isto e fiquei parva! Vão mexer em coisas que nunca mais vão ser capaz de repôr. Coisas que são priceless.

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    1. Dora, eu respeito ambas opiniões, mas não terá muito mais valor a questão da mobilidade do que insistir em preservar uma coisa que não facilita a vida a ninguém, mas mesmo a ninguém?

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  7. Pois para mim levam com a minha assinatura! Infelizmente acho é que o assunto nem vai a "REFERENDO", não consultam o povo para nada: vão tirar e pronto! SOU CONTRA. CONTRÍSSIMO!!

    Ainda por cima dizem que vão manter nos locais de muito turismo, como se a calçada fosse para turista ver e não património do país! Acredita em mim que o que motiva esta gente não é nada nobre. A pedra hoje em dia vale dinheiro. Creio que a da calçada vale então mais dinheiro fora dos pavimentos!

    Se ao menos dissessem: vamos colocar "este piso" porque é anti-fungos, anti-derrapante, tem boa aderencia, dá boa permiabilidade ao solo, etc, e outros termos técnicos e científicos AÍ eles iam provar que sabem o que vão colocar no lugar. Mas como não é isso que lhes interessa. A prova é mesmo esta! Querem TIRAR mas não dizem o que pretendem POR...

    Vai por mim. Costumava fazer um caminho não pavimentado todos os dias e uma vez a câmara decidiu pavimentar aquilo. Colocou umas pelas em CIMENTO todas de encaixe, tamanho médio. Ficou mais agradável. Mas nos muitos dias de chuva era para esquecer! Aquilo era um RIO DE ÁGUA INCESSANTE, tinhas de ir para a estrada à mesma caminhar, porque no passeio não dava. Depois aquilo começou tudo a levantar e a fazer buraco. Escorregava que parecia uma pista de gelo. Principalmente pela «gosma» que a água da chuva misturada com os óleos e as porcarias que ali escuavam deixavam no pavimento. Aquilo mesmo seco escorregava. E ficou feito, sujo, solto e com mato a crescer por entre as frestas.

    Agora a calçada portuguesa: não deves saber mas aquando a Expo98 isto que propuseram chegou a ser feito. Retiraram de muitas zonas circundantes as pedras da calçada para as aplicar na EXPO!! Aquilo é enorme e não existiam pedras que chegassem. Como zona TURISTICA que ia ser, vê lá se decidiram modernizar os pisos. Não. Foi calçada portuguesa por toda a parte. E quando não chegou e não existia mais removeram de outras partes. Perto de mim colocaram uns ladrilhos a IMITAR a calçada. Não é a mesma coisa e é a mesma «porcaria». Escorrega e em algumas partes esses ladrilhos soltaram-se e o passeio fica à mesma com altos e baixos.

    Por isso não quero saber o que vão REMOVER. Sou contra irem mexer em coisas que, não só são a identidade do país, como funcionam desde que foram implementadas. Gostava sim era de ouvir o que de melhor têm para substituir. Não têm NADA. NADA. O que pretendem muito provavelmente é ganhar dinheiro na venda das pedras removidas e mais ainda em «luvas» nos contratos com as empresas a que nós contribuintes vamos PAGAR para colocarem um novo pavimento, que vai custar os olhos da cara e ser de pouca serventia - como habitualmente acontece em quase tudo neste país. E digo-o porque todos os dias vêm à ribalta notícias vergonhosas deste género. Não é, infelizmente, uma noção sem propósito.

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    1. Mesmo as zonas turísticas deste País, são nossas, certo? Não são dos turistas, atenção. O que se pretende, do que leio sobre o assunto, é facilitar a vida das pessoas no dia a dia, mantendo-se em locais que afectam menos esta realidade.

      Quanto ao que vai ser usado para substituir, começamos já a criticar sem saber o que é ou que resultados dará...? Assim é simples criticar tudo o que se pretenda alterar neste País.

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  8. sempre refilei com a calçada portuguesa, a calçada, estraga-me os sapatos, passa-me rasteiras, passo o tempo a desviar-me de buracos porque saltou uma ou duas pedras da calçada... finalmente vão arrancar a calçada!
    mas calma, também sou a favor da calçada, é uma coisa só nossa, portuguesa, acho lindos os desnehos que fazem na calçada nalgumas zonas de Lisboa. Defendo a calçada sim, nas zonas históricas, zonas turisticas, nao por TODO o lado.
    é essa a ideia deles (segundo li esta manhã no jornal) e isso sim eu defendo. Há zonas, no comum das ruas, que calçada não é arte, apenas armadilhas.

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    1. É isso tudo, NIX. Também concordo que se possa manter em determinadas zonas. O resto, é pura tortura para quem se desloca diariamente.

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  9. Blog encantador,gostei do que vi e li,e desde já lhe dou os parabéns, também agradeço por partilhar o seu saber, se desejar visitar o Peregrino E Servo, ficarei também radiante
    e se desejar seguir faça-o de maneira que possa encontrar o seu blog, porque irei seguir também o seu blog.
    Deixo os meus cumprimentos, e muita paz.
    Sou António Batalha.

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  10. O problema em Portugal é que fazem-se as coisas sem pensar e sempre à bruta. E geralmente fazem m*rda!

    Sim, concordo contigo que a calçada portuguesa não é prática e, por vezes, é perigosa. MAS... E que tal tentar chegar a um consenso - palavra estranha para quem manda no pequeno país virado para o oceano Atlântico - e deixarem a calçada portuguesa nas zonas típicas das cidades? No caso de Lisboa, em locais como Belém, Baixa-Chiado, bairros castiços... Enquanto os outros países tentam manter as suas identidades, os portugueses acabam com elas.

    PS: ...e antes que me atires com uma pedra da calçada, deixa-me dizer-te que uso saltos e já dei algumas quedas! :-)

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    1. GATA, eu concordo contigo e, aliás, parece-me precisamente ser essa a ideia.

      PS- jamais, GATA, jamais. Não desejo a ninguém levar com uma pedra da calçada, por muito bonita que seja ;)

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  11. Se cuidarem da calçada portuguesa dá perfeitamente para se caminhar nela de saltos altos. Na minha cidade há algumas ruas com e anda.se muito bem lá

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    1. Medusa, eu acho que é impossível cuidar da calçada de forma a que se caminhe nela de forma normal. Honestamente. Em Lisboa a situação está completamente descontrolada. A tua Cidade é capaz de ser uma excepção...

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  12. O tempo e dinheiro que vão gastar a retirar uma coisa que é única, mais valia que tapassem os buracos vergonhosos, as crateras enormes que existem nos pavimentos de alcatrão por toda a cidade de Lisboa!
    É inadmissível que eu tenha as jantes e os pneus todos fodidos porque se me desvio de um buraco, entro logo noutro! E com tempo de chuva e de noite, é impossivel, de todo, ver onde eles estão!
    Mas não, vamos tirar a calçada portuguesa dos passeios para que as senhoras possam andar de sapatos de saltos altos sem magoarem os pézinhos!
    "Mas a calçada portuguesa é uma coisa única no mundo e coiso e tal...", Esquece lá isso, tira tudo para que ninguém escorregue... Depois só quero ver o que vão culpar quando as pessoas escorregarem no novo pavimento e partirem os pézinhos...

    O que vale é que eu tenho a solução para este problema. Basta meterem a cara do ronaldo em todas as pedrinhas, que já ninguém vai querer retirar a calçada portuguesa do chão!

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    1. Mustache, uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa, como diz o outro. Percebo e concordo com o que dizes sobre as estradas. Eu própria sou menina de enfiar os pneus em todos os buracos e passar o tempo a praguejar ao volante. É impossível escapar-lhes e até já cheguei ao ponto de evitar algumas estradas, mesmo que isso me obrigasse a um percurso maior. Agora, o facto de existiram outras coisas neste País a precisar de ser corrigidas, não invalida esta. Alguma terá sempre de ser a primeira. E entre os carros e as pessoas, por exemplo, acho que as pessoas ainda têm prioridade.

      Sobre os saltos, enfim. Parece-me que já foi, desde logo no post e depois em tantos comentários, ressalvado o facto desse ser o menor dos problemas, ainda assim.

      Sobre o comentário do Ronald, enfim. Só enfim.

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    2. Não li sequer os posts dos outros, mas diz-me lá onde é que a calçada portuguesa prejudica quem quer que seja, ou como é que retirá-la e colocar outro pavimento, resolvo os "problemas" por ela provocada.
      Sabes que em vez de a retirarem, podiam perfeitamente arranjá-la: os passeios ficavam melhores e até podiam dar trabalho a muito calceteiro a precisar de dinheiro.

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    3. Não tenho tempo para repetir tudo, podes ler se quiseres.
      Mas, para finalizar, tu não deves andar muito a pé. Em Lisboa, por exemplo. E se andas, só olhas para a tua facilidade e não para as dificuldades de outros.

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  13. Deviam ter juizo! O ponto forte da Calçada à Portuguesa é ser permeável, permitindo à água da chuva infiltrar-se no solo. Metam lajes de betão e vão ver a borrada que vão fazer ou então a pedra lioz, que molhada escorrega à brava, para além de se notar a sujidade.
    Se têm problema com os saltos altos façam como muitas mulheres ocidentais e usem um calçado mais confortável na rua e depois mudem-no no trabalho, deixem de ser complexadas!
    O problema são os passeios estreitos do traçado medieval e os carros mal estacionados esses sim é o são os problemas, diz-me lá quantas pessoas em cadeiras de rodas andam no passeio? Andam todas na estrada.
    Vão na cantiga da modernice e depois é o que se vê...

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    1. Sobre o primeiro argumento, repito, como é que se aguentarão os outros países sem a calçada portuguesa? Já caminhei em várias cidades de alguns Países. E garanto que, mesmo debaixo de chuva, foi fácil perceber que a nossa calçada só tem uma vantagem sobre aqueles pavimentos : é ser bonita.
      Quanto aos saltos, já foi tudo dito. Quanto às cadeiras de rodas, claro que não se vejo muitas, precisamente. Como é que poderia ver, não é?
      E tenho uma Avó ainda, felizmente. Avó essa que gostava que conseguisse sair mais vezes à rua. Pormenores...

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  14. É a primeira vez que vou comentar este tema (sim, uma pessoa até tem medo de se insurgir contra, porque somos apelidados de tudo e mais alguma coisa a começar em "não patriotas" e acabando em "ignorantes e inuteis" - como já vi)

    Também sou a favor da retirada da Calçada.

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    1. Como grande Leoa que és, assumir sempre! Sem medos :)

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  15. Sinceramente isto tem dois lados. Por um lado não concordo que a tirem. É uma coisa nossa e só o dinheirão que vão gastar deviam ter juízo.
    Por outro lado, realmente não é pratica. Mas da maneira como é a terra, não estou a ver sequer mais solução nenhuma. Ou hão-de ser as raízes ou o chão já torto de si a estragar os passeios, qualquer um que metam lá...

    Beijocas

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  16. Como disse ali em cima a Cláudia, é um pau de dois bicos. Percebo que não seja prático sobretudo para as senhoras. Mas é um dos nossos símbolos, um ex-libris nacional...

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  17. É realmente um pau de dois bicos... até porque há calçadas bem feitinhas, sem grande espaçamento e até são minimamente confortáveis...

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  18. Concordo com tudo o que escreveste, primeiro o bem estar e as necessidades das pessoas, depois a "vaidade" dos patrimônios nacionais e essas coisas e ao contrário do que muita gente pensa, existe todos os dias casos de gente que escorrega na calçada e que se magoam a sério mesmo.

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  19. Concordo em todas as estradas mas que não se ponham com essas medidas nos passeios que são lindos

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